sábado, 15 de dezembro de 2012 0 comentários

intervalo

... conjunto 2, caminho 13, caracóis ...
                     lá é primavera
                            sempre

(ponto "final" por extenso)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012 1 comentários

caleidoscópio


Certo dia eu estava em visita a Salvador, e ao passar pela Avenida Antonio Carlos Magalhães (ACM) observei um outdoor que fazia anúncio a grupos musicais. Esse anúncio possuía uma frase muito intrigante-ao menos pra mim. "Um mundo visto pelo caleidoscópio". E me deparei com uma palavra, antes, jamais vista e ouvida por mim. Caleidoscópio.

Caleidoscópio? Travei uma batalha contra minha própria mente. Não havia em mim uma interpretação, se quer, para aquela frase. A pergunta não calava. Como será um mundo visto pelo caleidoscópio? Ao chegar em minha cidade, Campo Formoso-Norte da Bahia, fui em busca da resposta onde sempre se procura. No dicionário, encontrei um significado.Porém, não significou nada para mim. O que eu queria era ir mais além. Mas nem eu mesma sabia onde começava este " ir além".

Lendo nosso texto base das últimas aulas- Língua e Sociedade de Octávio Ianne, deparei-me novamente com a palavra. Caleidoscópio. Contudo, desta vez foi diferente ; soube exatamente o que ela queria dizer. Concordo com Ianne quando diz que as palavras são dotadas de magia; esta palavra se resolveu para mim no momento certo e, em mim, ela criou, modificou, conectou, revelou, rompeu, me dominou. Só sei pensar as metamorfoses da língua caleidoscopicamente.

Para mim, agora, caleidoscópio chama-se língua, e o mundo é o objeto a ser representado em seus brilhantes espelhos. A cada giro que o mundo dá, não importa em redor de que, o sentido da língua, e a própria, mudará. E o mais espetacular é que sempre existirá um mistério nessas transformações. As metamorfoses da língua acorrem em cada, passageira, mudança social.

Por Marisa Sales.
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caí

...cima
você me empurrou
e eu caí
no meio da queda
percebi,
estou caindo pra...

(ponto final por extenso)
 
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