domingo, 15 de setembro de 2013

projeção

a mão passeia pelo seu rosto,
o sorriso, o abraço e o beijo são quentes, são os mesmos.
é tarde, e a tarde deslisa entre os dois, como as línguas em cada céu.
a grama por baixo,
o por do sol ilustrando a frente,
o tempo ficando para trás e os dois confortáveis no meio disso tudo.
ela está perto, tão perto a ponto de quebrar aquela teoria dos "dois corpos e o mesmo espaço".
repentinamente, a voz dela começa a se perder dos seus ouvidos.
ela some dizendo novamente: "Não! Melhor não!"
e ele, inevitavelmente, encorporo aquele "Não" que ecoa num efeito
nagasaki junto ao farol terno,
que mais parece eterno dessa interminável projeção.
03h22 ele acorda. é madrugada, era mais um sonho

(ponto final por extenso)

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